Padre Fabio de melo no Muquém



Festa de Nossa Senhora
Em agosto acontece a festa de Nossa Senhora da Abadia de Muquém, que começa no dia 5 e se encerra dia 16. O local nessa época é muito visitado por romeiros e chega a ter 150 mil pessoasde Goiás e do Brasil, que embarracam no local até o fim da festa. Quase sempre são pessoas que vão pagar promessas e oferecer prendas pelas graças recebidas.
O seu santuário é um dos maiores do Brasil e sua romaria é uma das maiores do mundo. Acontece sempre uma missa no Morro Cruzeiro, a mais de 100 metros do chão, celebrada pelo padre Crésio Rodrigues desde 2003, onde o romeiro sobe para participar, cumprir alguma promessas e contemplar a beleza panorâmica lá de cima.
Romaria do Muquém
Centenas de pessoas vão para o local todos os anos participar da romaria de Muquém, que ocorre de 5 a 15 de agosto. Ninguém sabe ao certo quando começou a festa, mas existem duas versões. Uma delas conta a história de um jovem chamado Gonçalo que teria assassinado um companheiro pelo amor de uma moça. Isto no século XVIII, na cidade de Goiás. Foragido, acaba ficando na tribo dos xavantes, onde casa-se com uma jovem indígena e torna se um dos líderes guerreiros. Em uma batalha, flecha por engano sua mulher. Itagiba, irmão dela, inimigo de Gonçalo, lança uma flecha em direção ao peito dele, que é salvo por uma medalha de Nossa Senhora que carregava. Arrependido de sua vida de crimes, Gonçalo torna-se um ermitão dedicado a Nossa Senhora do Muquém. Esta é a versão do escritor Bernardo Guimarães, em O Ermitão de Muquém (1858).
A outra versão conta que existia em Muquém um quilombo onde, tempos depois, os escravos foragidos foram presos sem que houvesse morte de nenhum deles. Há ainda o fato de que o português Antonio Antunes garimpava no local sem licença. Foi descoberto e escapou ileso de um processo severo. Ele atribuiu o fato – como tantos outros – a um milagre de Nossa Senhora. Como gratidão à Virgem, ele ergueu uma capela no local.
Imagens de Marcos Danini
