10 de Maio - Dia da Cavalaria
Hoje é comemorado o Dia da Cavalaria. A data é comemorada em homenagem a Manoel Luis Osório, filho de fazendeiro, nascido em 10 de maio de 1808.
A Cavalaria é empregada à frente dos demais integrantes da Força Terrestre, na busca de informações sobre o inimigo e sobre a região de operações.
Sua origem é ligada à organização do Regimento de Dragões Auxiliares, em Pernambuco, ao término da guerra contra os holandeses, remunerada por homens abastados, como João Fernandes Vieira.
Desde os tempos mais remotos, o homem persegue a idéia de combater em vantagem de posição, isto é, de uma forma que lhe garanta superioridade em relação ao inimigo.
Tal vantagem era obtida se montado em um elefante, em uma plataforma empurrada ou séculos depois, em um cavalo. Mais tarde, os romanos passaram a utilizar o cavalo castrado para o combate e o cavalo inteiro para outras tarefas.
Hoje, existem dois regimentos de Cavalaria de Guarda (Porto Alegre e Brasília) o Regimento-Escola de Cavalaria (Rio de Janeiro); brigadas de Cavalaria Mecanizada e Blindada; regimentos de Cavalaria Mecanizado nas divisões de exército e regimentos de carros de combate nas brigadas de Infantaria Blindada.
Atualmente, a complexidade do campo de batalha moderno é de alta tecnologia e dinamiza a integração dos sistemas operacionais do campo de batalha.
As Forças Blindadas ainda tem características cada vez mais aperfeiçoadas de mobilidade, potência de fogo, proteção blindada e comunicações amplas e flexíveis.
Modernização, desenvolvimento de uma doutrina de emprego eficaz e adestramento duro e realístico dessas forças é prioridade para todos os exércitos do mundo.
SER DE CAVALARIA
SER DE CAVALARIA - é mais que um privilégio. Quem não souber medir a verdadeira extensão desta responsabilidade e que não for capaz de amá-la arrebatadamente, meia volta. Só assim não virá a ser um pigmeu entre gigantes!
SER DE CAVALARIA - não é ser melhor nem pior do que quem quer que seja, como já é clássico afirmar. Mas é ser diferente. Diferente com espontaneidade e sem arrogância, com discrição e sem maldade. Diferente de tudo que possa refletir os extraordinários lampejos do coruscante Espírito da Arma.
SER DE CAVALARIA - é ter vocação para a busca do infinito e familiaridade com os influxos do Eterno. Pela glória, o cavalariano peleja, se supera e se sacrifica até chegar, pelo menos, a vizinhança do infinito. Pela tradição ele se molda, se robustece, age e reage, sob a inspiração da perpetuidade - o fundamento existencial da Arma.
SER DE CAVALARIA - é perseguir um ideal que não se ofusca, que não se quebra, que não se abate ao rigor e aos latejos sobre ele acometem, desabam, rusgam, rebentam, com rebencadas raivosas, com acessos de ira incontrolável, de tempos em tempos – que importa ao sol as negras, densas e sinistras nuvens de tormenta ?
SER DE CAVALARIA - é ser da astúcia enamorado; da bravura, amante; da audácia, apaixonado; da iniciativa, servo. É fazer do perigo a sublime loucura que, em infrene galopada, conduz as raias luminosas do heroísmo
SER DE CAVALARIA - é fazer da renúncia um credo e da resignação um apostolado. A renúncia é a inesgotável fonte de energia que mantém acesa a chama interior do cavalariano e que o identifica a sua vida, sem outras recompensas além daquelas que lhe são proporcionadas pela serena certeza de vivê-las pela sua alma, para transmudar espinhos em flores e para vencer o vírus do desestímulo que lhe é inoculado pela incompreensão culposa de sua valia e pelo cortejo de louros, de êxitos e de recompensas que lhe são circunjacentas, mas lhe são negadas.
SER DE CAVALARIA - é amar com exaltação o cavalo, num misto sentimento de amizade e de reconhecimento; pela sua capacidade de pagar com afeto, o afeto que lhe é dedicado; pela natureza de sua cooperação para as glórias imorredouras da Arma.
SER DE CAVALARIA - é amar os blindados e sentir que neles também pulsa um coração cavalariano, que a eles caberá nos conduzir na guerra moderna, impulsionado pela chama imortal que arde em nossas entranhas.
SER DE CAVALARIA - é ao mesmo tempo, ser monarca e ser escravo. Monarca dos espaços livres e profundos, de ínvias e ásperas veredas, nas quais, a despeito das fantasias modernistas, a Arma de mobilidade tática por excelência tem seu habitáculo, transforma-se em fantasma e adquire o mágico poder de legenda. Escravo do penoso tributo a ela imposto, só comparável à beleza de suas missões clássicas antes, durante e depois da batalha em holocausto à vitória final.
SER DE CAVALARIA - é, antes do mais nada e apesar de tudo, nascer, viver e morrer SEMPRE DE CAVALARIA!
(Texto de autoria do Ten Cel Cav LUIS FELIPE DE AZAMBUJA)